Valencia the sunrise and the return!

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Dia 9 e o nascer do sol.

Desde que cheguei só pensava ver o nascer do sol no mar, na praia, sempre adorei o nascer e o pôr-do-sol, fomos adiando porque acordava e ele estava a dormir mas depois lá definimos que iríamos no sábado e assim foi. Precisava mesmo daquele momento catártico que, infelizmente foi interrompido 🦈... Nada contra ninguém mas detesto que me chateiem, especialmente quando estou no meu canto quietinha já quase em modo zen.

 

 

Enfim tenho uma história mais atribulada para contar.

Eram 5 e tal da manhã acordamos para apanhar o metro até à praia. Chegamos estava já o dia claro e via-se o rasto da luz do sol no horizonte, morri por instantes a pensar que já não o apanhava a nascer, andava mais rápido do que o Speedy Gonzales, mas quando cheguei â praia ainda não se via o sol - missão cumprida! Estava muito pouca gente, um cão, um rapaz a correr, um casal de Japoneses, e umas pessoas dispersas, tirei os All Stars que me serviram de apoio aos telemóveis, queria fazer um time lapse e assim foi, tiramos umas fotos, câmara ao pescoço dele e eu de pés descalços na areia fria prontinha para quando o sol subisse e acabasse as fotos ir molhar os pezitos ao mar, estava tudo óptimo e perfeito, quando estou de telemóvel na mão, ele com a câmara ao pescoço e eu começo a ver um homem com uma tremenda cara de mau aproximar-se e disse para nós:

- O que é que este quer agora?

O homem sempre a mirar-nos aproxima-se e começa agressivamente e muito rápido a dizer um monte de coisas em tom ameaçador. Basicamente ele não era Espanhol e tinha sido atacado por 7 pessoas, segundo ele, que lhe bateram. Tinha sangue seco no nariz, cara, orelhas etc., enfim casos da noite, muito booze e desorientações dá nisto, seja como for sete para um foram covardes, ainda mais que ele não era Espanhol e houve logo associação a acto xenófobo e outras coisas mais pelo que ele tava a falar, sim, porque depois falou calmamente conosco apesar da abordagem muito agressiva no início à qual eu achei ZERO piada, entretanto durante o início da abordagem fui-me calçando porque we never know podia ser preciso desatar a correr 👀…

A calma é a melhor aliada nestas coisas.

Entretanto conseguimos voltar ao hotel, onde fomos mudar de roupa e tirar a areia que tínhamos trazido nos pés e descansar um pouco até.

🌸 As Ruas de Valência são repletas de adoráveis flores! 🌸

Decidimos ir um pouco até à zona mais contemporânea, a Ciudad de las Artes y las Ciencias y Umbracle, situada no fim dos Jardins do Turia, é um complexo arquitectural super fresh de Valência com o qual vibrei imenso, uma zona dedicada ao entretenimento e cultura que foi inaugurado em 1998 com a abertura do L'Hemisfèric, um cinema IMAX e planetário que faz lembrar um olho, que abre e fecha como as nossas pálpebras, brilhante não acham? Foi integraçmente construído em 1998 antes da sua abertura em Julho.

 

Foi a primeira atracção a abrir seguida do Museu de les Ciències Príncipe Felipe, que abriu em 2000, e a par do L'Oceanogràfic (2003) e do Palau de les Arts Reina Sofia (2005) é o meu edifício favorito.

Um museu interactivo de ciências que lembra o esqueleto de uma baleia e é enorme! Cerca de 40,000 m² em três andares. Grande parte do rés do chão é ocupado por um campo de basquetebol patrocinado por uma equipa local e várias empresas. Apenas 26,000 m² são usados para exibições. No primeiro andar temos uma vista enorme para os Jardins do Turia e o espaço envolvente que é cerca de 13,500 m² de água, onde são praticadas as mais diversas actividades por miúdos e graúdos. No segundo andar existe uma exposição permanente sobre o legado da ciência, e o terceiro andar é conhecido por “Floresta Cromossoma” onde podemos ver a sequência de ADN humano. Ainda no mesmo andar temos as exposições “Gravidade Zero” a “Academia do Espaço” e "Super-heróis da Marvel". É o maior espaço de exibições em Espanha enquanto edifício.  A sua arquitetura é conhecida pela geometria, estrutura, uso de materiais e design inserido na natureza, facto que faz considerar influências da arquitectura orgânica e funcional bem como na arquitectura do ferro e do vidro visto que o edifício tem 14.000 toneladas de ferro e 20,000 m² de vidro. Impressionante, concordam?

Logo a seguir em 2001 abriu o Umbracle uma estrutura ao ar livre completamente espaçosa construída sob um parque de estacionamento onde podemos passear num jardim com plantas indígenas de Valência, tais como cistus, lentisca, alecrim, lavanda, madressilva, buganvílias e palmeiras. No interior, existe também um passeio de esculturas ao ar livre.. Foi definido como a entrada para a cidade das ciências e das artes e sem sabermos foi por ele que entramos e iniciamos a nossa descoberta do espaço. Mede 320 x 60 metros. As plantas nele contidas foram meticulosamente escolhidas para mudar de cor a cada estação. Contém mais de 100 plantas aromáticas incluindo o alecrim e a lavanda e perto de 200 palmeiras, umas maiores e outras mais pequenas.

O Palau de les Arts Reina Sofia (2005) é um centro de artes performativas e uma ópera. É constituído por quatro espaços: a Sala Principal, a Sala de Aulas Magistral, o Anfiteatro e o Teatro da Câmera. Foi dedicado à música e artes cénicas. Cercado por 87.000 m² de terra e água, além de 10.000 m² de área de passeio, o palácio recebe muitos eventos como óperas, teatros e concertos. Elevadores panorâmicos e escadas ligam as plataformas em diferentes alturas no interior das estruturas metálicas do edifício. O edifício tem um telhado exterior metálico em forma de pena que repousa sobre dois suportes. Mede 230 metros de comprimento e 70 metros de altura. Um dos suportes permite que parte do edifício seja suspenso. O edifício é suportado por cimento branco. Duas conchas de aço laminado cobrem o prédio com mais de 3.000 toneladas. Essas conchas têm 163 metros de largura e 163 metros de comprimento.

Em 2008 a Pont de l'Assut de l'Or uma ponte branca com imensos cabos na sua estrutura atravessa o leito seco do rio Turia, e faz a ligação do lado sul com a calle Menorca, entre o Museu de las Ciências e L'Agora. A torre da ponte tem 125 metros de altura é o ponto mais alto da cidade.

L'Àgora abriu um ano mais tarde, 2009, é um pavilhão no qual são realizados concertos e eventos desportivos como o Open de Valência. Neste momento está a ser projetado para receber o CaixaFórum València em 2020.

Fizemos uma pausa para almoçar num shopping mesmo em frente e acabamos por comer no McDonald’s, para quem queria ir comer Paella, que grande volta...😕

De lá fomos ao Oceanogràfic um parque oceanográfico ao ar livre que abriu em 2003. É o maior oceanário na Europa com 110,000 m² e 42 milhões de litros de água. Foi concebido com a forma de um nenúfar e cada edifício representa diferentes ambientes aquáticos incluindo o  Mediterrâneo, as zonas húmidas como charcos e pântanos, mares temperados e tropicais, os Oceanos, o Ártico e a Antártida, Ilhas e o Mar Vermelho. É a casa de mais de 500 espécies diversas como golfinhos, belugas, morsas, leões marinhos, focas, peixes espada, alforrecas, estrelas do mar, ouriços do mar, tartarugas, tubarões, raias e pinguins. Bem como aves aquáticas.

Entretanto voltamos para trás, eu queria ir para a praia mas estava muito cansada para fazer o caminho da ida e da volta a pé. Acabamos por ir para a paragem do autocarro em frente ao Umbracle para seguirmos até ao centro da cidade, com o transito cortado, por causa da Falla, em várias ruas que davam ao centro ainda andamos um bocado no meio da multidão, estava muito calor e quando saímos do autocarro só queria água, é difícil encontrar grandes superfícies abertas ao fim-de-semana em Espanha, sempre conheci Espanha assim, passam anos e anos e sempre se mantém fiel a esses termos, encontramos um pequeno supermercado ao pé do MuVim que queria visitar e lá comprámos a água.

O MuVim e esteve fechado para almoço imensas horas, e estivemos lá à espera entre barulhos de bombinhas e estouros de uma espécie de foguetes, miúdos a andar de skate entre os restos de pedras judaicas, romanas etc. Mais de duas horas nisto e quando após as 16h o museu abriu fui para lá ver uma data de representações da santa padroeira da cidade, Mare de Déu dels Desamparats, a minha tia, irmã da minha mãe ia adorar. Na entrada encontramos uma maquete bem interessante e pormenorizada da cidade de Valência e de lá somos conduzidos à sala da torre medieval, onde temos acesso a parte de uma torre medieval da cidade. Nessa sala, muito pequena, pude apreciar uma exposição sobre a evolução da figura da mulher na banda desenhada do século XX - Les dones en els tebeos del franquisme, que sem dúvida foi a minha parte favorita.

Do MuVim - Museo Valenciano de la Ilustración y la Modernidad esperava um pouco mais muito sinceramente, a visita após a espera imensa deixou-me um pouco a desejar, tivemos azar, o museu tinha poucas exposições na altura.

Estive pouquíssimo tempo no museu mas ouvi imensos metros a passar, o museu é colado à linha de metro e a insonorização não é das melhores. Após a saída do museu procuramos o metro para voltar para o hotel estávamos cansados e não havia muito a fazer, pois estava tudo fechado, imensas pessoas na rua, nunca vi tanta gente nas ruas como naquele sábado em Valência, nem em Nova Iorque! Os Valencianos levam muito a sério as celebrações do Falles e saem à rua vestidos a rigor, e todas as ruas ficam repletas de milhares de pessoas. Impressionante!

Antes de voltarmos para o hotel ainda procuramos algo aberto para comer mas sem sucesso acabamos por voltar para o hotel, relaxar, tomar banho e comer e beber o que por lá tínhamos nem eram 20:00 e eu já tava na cama a dormir e que bem me soube porque até ali tinha dormido mal e porcamente.

Dia 10 e a forçada despedida.

Último dia em Valência, aproveitei para acordar - que até foi cedo - e ir dar uma voltinha, fomos à rua Notting Hill como eu apelidei, tirar umas fotos e depois lembrei-me que não tínhamos comprado ímans para o frigorífico e fomos a caminhar  passamos a ponte d’Aragó e fomos percorrendo as margens dos Jardins do Turia até virarmos para ir ao mercado mais ou menos na zona da estação Alameda onde apanhamos o metro fomos procurar por eles, infelizmente o mercado estava fechado senão tinha comprado mais fruta até para trazer para cá, compramos os ímans e voltamos para o Hotel.

Tinha a mochila para fazer, fiz a mala comi qualquer coisa ele fez o check-out. De lá fomos no metro até à praia, decidi que era o melhor para não andarmos muito tempo com as mochilas às costas, após algumas horas a curtir a praia, j´só queria ficar lá, mas a hora de apanhamos o metro para o aeroporto chegou. Andamos lá a explorar as lojitas e voltamos para cá.

Restaurante que ficou famoso por ser frequentado por Hemingway. Dizem ser ali servida a melhor Paella de Valência, após algumas más reviews preferimos deixar para uma próxima!
- Já me arrependi. 😅

Não gosto do regresso a casa na maioria das vezes e esta não foi excepção.

Agora resta saber qual será o próximo destino!

Se acompanhaste estes posts sobre Valência, obrigada, espero que tenhas gostado e conto contigo para aguardar pelos próximos!  Agora resta saber qual será a nova aventura que está aí por vir!

 

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Explore Valencia

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O amanhecer de dia 7 foi correr a Plaça de Espanya para comprar àgua no Mercadona e explorar o supermercado bio que encontrei pelo caminho. Nele comprei mais Kombucha, com vontade de trazer uma data de outras coisas acabei a comer tâmaras e Chufas/Xufas, sabem que não ligo muito a pequeno-almoço nem sou de grandes fomes matinais. De lá segui para a zona do Botânico, onde acabei por não ir, para ver o Jardín de Las Hespérides, repleto de Alecrim, Laranjeiras, Limoeiros, Buganvílias, Lavandas e outras flores, com uns Cactus, Ranúnculos, umas Peónias e um Loureiro podia ser o jardim da minha casa e eu ficaria in love a cada entardecer!

Ao sair de lá fui dar um cheiro ao jardim Botânico, e pensei volto depois, o que não aconteceu, quer dizer voltar voltei, só não entrei. De seguida passei por uma das paredes que mais me apaixonou, um mural com cores lindas cheio de citrinos, street art em Valência é um jogo sério 👏🏼👏🏼👏🏼

Seguindo em frente, já avistava as Torres de Quart, duas torres semi cilíndricas unidas por um corpo central onde se abre uma porta em forma de arco. Que são logo ali ao fundo no cruzamento entre a calle Quart onde estava e a calle Guillén de Castro. Construídas no estilo Gótico Valenciano tardio de arquitectura militar entre 1441 e 1460, antes ainda parei na esquina para comprar umas laranjas de sangue, que morro de amores por elas desde os meus verões adolescentes em Itália.

Seguimos caminho explorando as ruas, sempre acompanhados por lindos exemplares de street art, lojas vintage e de usados que dão outro charme às ruas. Passamos no Portal de la Valldigna, um arco de 1440 muito giro, que dá entrada ao antigo quarteirão Árabe, gosto destas passagens antigas que ligam um lado ao outro da rua, fazem-me imaginar ligações e relações de vizinhança, conflitos e questões tão antigas que nem sei. Seguimos caminho pelas ruas e ruelas até chegar às Torres de Serranos, duas torres que formam uma porta antiga é uma das doze portas que faziam parte da antiga Muralla Cristiana da cidade. 

Foi construído em estilo Gótico valenciano entre 1392 e 1398. Impressionante como em 6 anos conseguiram construir aquele monumento tendo em conta a sua dimensão e as condições à época, fico maravilhada como as coisas eram antigamente. O nome deve-se provavelmente à sua localização no Nordeste do antigo centro da cidade, tornando-se o ponto de entrada para o camí ral que ligava Valência com a comarca de Els Serrans (ao longo da estrada seguindo para Noroeste em direção às montanhas ao redor de Teruel e, eventualmente, conduzindo a Saragoça), e também como ponto de entrada para a estrada real para Barcelona, ou porque a maioria dos colonos ali perto, na época de Jaime I de Aragão, era da região em torno de Teruel, cujos habitantes eram frequentemente apelidados de Serranos (povo das montanhas) pelos Valencianos. Alternativamente, o portão pode ter este nome devido a uma família importante, os Serranos, que vivia numa rua com o mesmo nome.

Não é certa a origem do nome mas é indubitavelmente um marco importante e um dos monumentos mais bem preservados da antiga muralha da cidade, que foi derrubada em 1865 sob as ordens do governador provincial Cirilio Amorós, apenas as Torres dos Serranos, as Torres de Quart do século XV e alguns outros vestígios arqueológicos e ruínas, que se encontram espalhados por diversos locais, como os da Puerta de los Judíos, ao pé do Metro em Colón, onde nos sentamos a comer no ultimo dia - “à terra onde fores ter faz como vires fazer” - sobreviveram. As Torres de Serranos foram a entrada principal da cidade e originalmente construídas com uma função defensiva. De 1586 até 1887 as torres foram usadas como uma prisão para os nobres. Com a Pont Dels Serrans em frente, uma das 18 pontes que contei, em cima do que são chamados Os Jardins do Turia, onde em tempos correu um rio, mas segundo o que li houve uma inundação e decidiram desviar, contudo em fotos de arquivo que pude analisar no Palau de Cervelló, vi fotos bem antigas onde partes do Rio estavam secas, bem seja como for, o rio foi desviado para outro ponto e o espaço que ocupava foi reabilitado com imensos parques, jardins espaços verdes que Valencianos e Turistas aproveitam para lazer e desporto. Na actualidade é a ponte mais antiga que cruza o “rio” Turia e foi a segunda das pontes históricas a ser restaurada e reconstruída em pedra, mantendo o aspecto e material original.

A ponte Românica, com nove arcos redondos, tem 159,7 metros de comprimento e 11,2 metros de largura. Une a Torres de Serranos por estrada até a região de Los Serranos, daí o seu nome. Por isso acredito que as Torres tenham o nome devido ao mesmo motivo mas, que sei eu? 🤷🏽‍♀️ Desfilamos na ponte para o outro lado e fomos visitar o museu de Belas Artes, um museu gratuito não muito grande e que tinha as obras do meu maior interesse fechadas nas salas a ser restauradas então foi entrar, aproveitar a casa de banho, ver o possível e sair, uma das idas a um museu mais rápidas da vida, só não bateu a ida ao MET mas essa arde-me bem fundo no coração...

Passeamos um pouco pelos Jardins del Real e seu lago ao pé do Museu de Ciências Naturais, com muitos patos e árvores lindas que vi pela cidade e agora descobri que são as árvores de Ceiba (Palo Borracho Chorisia Speciosa), se não for isto, e alguém perceba do assunto mandem DM no Instagram pois fiquei maravilhada! Decidimos atravessar outra das pontes para o lado da cidade velha e queria ir ao Palau de Cervelló, passei na frente dele mas o Google Maps trollou-me e fez-nos andar às voltas para trás e para a frente até que entendi que estava a gozar com a minha cara, mas entre as voltas vi mais street art, mais cenas vintage e foi giro, apesar de já estar super cansada de andar com a mochila com frutos e roupa e a câmera aos ombros mas tudo parece menos mal quando queres muito as coisas.

Resultado ao chegar estava fechado, só abriria horas mais tarde e foi então que decidimos meter pés ao caminho... Chegamos ao centro da cidade antiga, um encanto, onde subi à torre sineira, Torre del Micalet, em plena Plaça de la Reina, uma torre com 207 degraus, formato octagonal com mais de 50 metros de altura é subida em caracol. Odeio escadas em caracol e levo sempre com elas, mas parece-me que é o custo que tenho de pagar para aceder às melhores vistas das cidades.

Construída entre 1381 e 1429 em estilo Gótico Valenciano, originalmente foi uma torre independente, foi ligada à Catedral no final do século XV, quando a nave central foi ampliada.

O seu perímetro é igual à sua altura, sobriamente decorada no exterior pelos binóculos contrafortes das bordas e os finos moldes que marcam os diferentes níveis dos pisos. O primeiro corpo é sólido, deixando apenas a cavidade helicoidal da escada; o segundo corpo tem um recinto abobadado, que é a antiga "Prisão" ou Asilo da Catedral com uma única janela exterior; o terceiro corpo é a "Casa del Campanero", outra sala abobadada semelhante à anterior, embora maior e com duas janelas. O andar superior é a sala do sino aberta por oito janelas, sete delas ocupadas pelos sinos. O oitavo corresponde à escada em espiral, que ali se torna mais estreita.

Não admira que a Health tenha contabilizado perto de 30.000 passos nesse dia e 20 andares, isto até ficar em bateria às 19:30.

Mas voltando às vistas um 360º da cidade, é que vale tão a pena, que nunca mais te lembras daquela caracoleta “sem fim”. Seria muito mais fácil subir e descer se TODOS respeitassem os sinais. Acho que verde é universal para andar assim como vermelho para parar, e não há respeito, então tivemos de parar imenso durante a subida para deixar descer ☹, ao descer tivemos mais sorte não foi preciso parar tanto.

Após a descida dirigimo-nos para o largo onde encontramos a Plaça de da Verge, Plaça de la Mare de Déu, Fuente del Turia e partes do Casco Antiguo, onde ficamos um pouco a tirar fotos e observar a suas belezas.

De lá seguimos para a Horchateria Santa Catalina, das mais antigas e mais conceituadas da cidade, merecia uma Horchata depois de subir, maravilhar as vistas e descer.

E as maravilhas não acabavam ao chegar deparamo-nos com a fachada da loja, a coisa mais fofa e com a imponente fachada da Eglèsia de Santa Caterina.

La entrei na Horchateria, interior antigo, bem mantido, bonito e fresco, paguei €2.95 pela Horchata e saí feliz a matar a sede.

Seguimos até Llotja de la Seda, um edifício civil, integrante do mercado antigo, emblemático do século de Ouro Valenciano construído entre 1482 e 1548 no estilo Gótico Valenciano, já no fim da “era” desse estilo. O edifício é composto de 3 partes, a torre, o tribunal del mar e Sala de Contratacion, fora o jardim de Laranjeiras, sim em Valência sente-se um cheirinho a flor de laranjeira único pois as ruas são floradas pelas Laranjeiras. Tivemos sorte porque haviam muitas laranjas e muitas flores, win-win situation. Declarada em 1996 Património Mundial da Humanidade pela Unesco, a  Llotja de la Seda foi um importante mercado de trocas de azeite e seda na sua fase comercial. Nas suas imediações localiza-se o Mercat Central que aquela hora estava fechado e voltei lá no dia seguinte.

Naquele momento estava com fome e procurei dois restaurantes da minha lista, um de mix japonês e Brasileiro e outro de boa comida e bebida mas em ambos fui muito mal atendida acabando por não conseguir comer em nenhum deles.

A Plaça de l'Ajuntament estava toda tapada numa espécie de obras e outras coisas que penso estavam relacionadas com o Falles.

Demos uma grande caminhada na expectativa de encontrar algo para comer, tarefa não concluída e uma volta gigante para voltar a Xàtiva para apanhar um metro de volta para o Hotel.

Chegamos já de noite, deu para ver a iluminação decorativa ligada e achei diferente e bonita.

Não saiam daí, volto já no próximo post para vos falar do dia 8 de Março, o Dia da Mulher e como o vivenciamos em Valência! 💁🏽

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Valencia - The Arrival

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Chegamos a Valência em dia de Vaga dos transportes públicos, e o que é isto da Vaga, uma autêntica greve com direito a várias horas por dia e durante os dias quase todos em que por lá desfilamos. Mas nada me deteve de reencontrar um grande amor, o mar, o mar Mediterrâneo, chegamos e o primeiro fim de tarde levou-me até ele, pelo caminho desatou a chover e levantou uma ventania terrível. Valência mostrou-se assim, rebelde, faz tanto calor mas quando levanta o vento, ai, segurem-se e agasalhem-se! O pior mesmo foi a nebulosidade...

Valência é a terceira cidade mais populosa de Espanha, a seguir a Madrid e Barcelona, com 791 413 pessoas mas acredito que seja preciso subir o número que esse já remonta a 2018!

Valência já era para ter sido meu destino no ano passado mas à última hora tive de me resolver por Madrid e que bom foi, mas, muito mais fria, este ano não queria repetir a dose do frio por muita saudade que tenha de ir a Paris, Roma, Budapeste e outros mais…

Chegamos fomos do aeroporto para o centro, a zona de Colón onde levas logo com um El Corte Inglés “in your face” ao subir a escada do Metro para a rua. Fomos logo lá, comprar bebidas, 2 Kombuchas para mim, 1 Coca-Cola para ele e 2 cervejas para nós… Esta foi só a primeira das aventuras pelos El Corte Inglés da cidade.

Antes de entrar vi logo à minha esquerda enquanto atravessava a rua, a melhor bebida do mundo! Fiquei logo a salivar por uma, à saída não perdoei: - Una Orxata por favor! Ali paguei €2.20, por uma Orxata feita com Chufas/Xufas bio, (ao pé do Oceanogràfic pela mesma bebida no mesmo quiosque era só €3.95, nada especulado, nada) que também provei, e só tenho pena não poder trazer um saco de batatas mas com Chufas/Xufas comigo para casa... As Orxatas ou Horchatas são óptimas para refrescar, então no verão 💭 só lhes metia menos açúcar, mas vamos lá falar em refrescar mesmo, só com água, certo? Nesse caso temos um problema bicudo, as águas espanholas são muito más de sabor no geral, não admira que tenham uma data de águas com sabores…

Bem mas sem perder o tino, passeamos pelas ruas de Colón pelo mercado, vimos igrejas, a arquitectura em Valência, mesmo nos prédios de habitação dos mais antigos aos mais modernos é belíssima!!! Chegamos à Estação do Norte, uma data de gente, deu para passear, fotografar e ignorar o possível a Praça de Touros e esta tradição Ibérica que me envergonha. 

Entretanto já estava mais que cansada de carregar uma mochila às costas, o peso dá-me cabo dos ombros, acho que preciso treinar mais 😅 o caminho foi escolher o metro para ir fazer o check-in ao hotel.

O hotel ficava numa zona calma, ampla, perto do mar, multi-cultural e bem frequentada. Aproveitamos para descansar um pouco antes de rumar à praia, para ver o mar como já referi, e estava quase a dormir ouvi alto estouro, e juro-vos que pensei que era a guerra, mas nada disso são apenas petardos e bombinhas que crianças e adultos usam para festejar o Falles, uma celebração da cidade que acontece no dia 19 de Março, dia de São José, segundo os Católicos, o dia que celebramos o Dia do Pai. Durante a festa, grandes carros alegóricos com figuras satíricas feitas em pasta de papel ou madeira, super coloridas chamadas Les Falles são queimadas nas ruas e praças da cidade. Em 2016 o Falles foi considerado Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. A mim pareceu-me uma espécie de carnaval  com diferentes atracções e celebrações que se estende por vários dias até a celebração final...

O primeiro dia em Valência, 6 de Março, acabou com um merecido descanso a ver o Porto dar 3 à Roma, (é o que dá viajar com rapazes e eu não ligar à emissão de canais televisivos), enquanto cada um comia uma sandwich feita lá mesmo no quarto de hotel, pão de centeio, bom pro #girlswithgluten 🤦🏽‍♀️, com Chorizo ​​Iberico de Bellota, Salame Alerce Coberto com Ervas Finas sem Glúten da Campofrio e Queijo Cheddar, tudo partido em fatias finas e na hora, comprado no El Corte Inglés, onde ainda encontrei um RedBull de Açaí que bebemos no último dia e foi o melhor Redbull da vida. Ou foi da fome ou de já não estar habituada a isto, aquela, pareceu-me a melhor sandwich do mundo.

Resultado passei a noite cheia de sede e sem água, sim, tanta bebida e esqueci-me da água! 🤦🏽‍♀️

A primeira impressão que tive foi que Valência é uma cidade calma, com muita gente mas o movimento disperso, ordeiro e sem grandes algazarras… Será que foi esse o pensamento que me acompanhou?

Não percam o próximo post, prometo ser breve!

Para verem mais sobre as Orxatas/Horchatas, o Mar Mediterrâneo e outros detalhes, sigam os vídeos destacados nas InstaStories em Valencia no meu Instagram

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