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Dia 9 e o nascer do sol.

Desde que cheguei só pensava ver o nascer do sol no mar, na praia, sempre adorei o nascer e o pôr-do-sol, fomos adiando porque acordava e ele estava a dormir mas depois lá definimos que iríamos no sábado e assim foi. Precisava mesmo daquele momento catártico que, infelizmente foi interrompido 🦈… Nada contra ninguém mas detesto que me chateiem, especialmente quando estou no meu canto quietinha já quase em modo zen.

 

 

Enfim tenho uma história mais atribulada para contar.

Eram 5 e tal da manhã acordamos para apanhar o metro até à praia. Chegamos estava já o dia claro e via-se o rasto da luz do sol no horizonte, morri por instantes a pensar que já não o apanhava a nascer, andava mais rápido do que o Speedy Gonzales, mas quando cheguei â praia ainda não se via o sol – missão cumprida! Estava muito pouca gente, um cão, um rapaz a correr, um casal de Japoneses, e umas pessoas dispersas, tirei os All Stars que me serviram de apoio aos telemóveis, queria fazer um time lapse e assim foi, tiramos umas fotos, câmara ao pescoço dele e eu de pés descalços na areia fria prontinha para quando o sol subisse e acabasse as fotos ir molhar os pezitos ao mar, estava tudo óptimo e perfeito, quando estou de telemóvel na mão, ele com a câmara ao pescoço e eu começo a ver um homem com uma tremenda cara de mau aproximar-se e disse para nós:

– O que é que este quer agora?

O homem sempre a mirar-nos aproxima-se e começa agressivamente e muito rápido a dizer um monte de coisas em tom ameaçador. Basicamente ele não era Espanhol e tinha sido atacado por 7 pessoas, segundo ele, que lhe bateram. Tinha sangue seco no nariz, cara, orelhas etc., enfim casos da noite, muito booze e desorientações dá nisto, seja como for sete para um foram covardes, ainda mais que ele não era Espanhol e houve logo associação a acto xenófobo e outras coisas mais pelo que ele tava a falar, sim, porque depois falou calmamente conosco apesar da abordagem muito agressiva no início à qual eu achei ZERO piada, entretanto durante o início da abordagem fui-me calçando porque we never know podia ser preciso desatar a correr 👀…

A calma é a melhor aliada nestas coisas.

Entretanto conseguimos voltar ao hotel, onde fomos mudar de roupa e tirar a areia que tínhamos trazido nos pés e descansar um pouco até.

🌸 As Ruas de Valência são repletas de adoráveis flores! 🌸

Decidimos ir um pouco até à zona mais contemporânea, a Ciudad de las Artes y las Ciencias y Umbracle, situada no fim dos Jardins do Turia, é um complexo arquitectural super fresh de Valência com o qual vibrei imenso, uma zona dedicada ao entretenimento e cultura que foi inaugurado em 1998 com a abertura do L’Hemisfèric, um cinema IMAX e planetário que faz lembrar um olho, que abre e fecha como as nossas pálpebras, brilhante não acham? Foi integraçmente construído em 1998 antes da sua abertura em Julho.

 

Foi a primeira atracção a abrir seguida do Museu de les Ciències Príncipe Felipe, que abriu em 2000, e a par do L’Oceanogràfic (2003) e do Palau de les Arts Reina Sofia (2005) é o meu edifício favorito.

Um museu interactivo de ciências que lembra o esqueleto de uma baleia e é enorme! Cerca de 40,000 m² em três andares. Grande parte do rés do chão é ocupado por um campo de basquetebol patrocinado por uma equipa local e várias empresas. Apenas 26,000 m² são usados para exibições. No primeiro andar temos uma vista enorme para os Jardins do Turia e o espaço envolvente que é cerca de 13,500 m² de água, onde são praticadas as mais diversas actividades por miúdos e graúdos. No segundo andar existe uma exposição permanente sobre o legado da ciência, e o terceiro andar é conhecido por “Floresta Cromossoma” onde podemos ver a sequência de ADN humano. Ainda no mesmo andar temos as exposições “Gravidade Zero” a “Academia do Espaço” e “Super-heróis da Marvel”. É o maior espaço de exibições em Espanha enquanto edifício.  A sua arquitetura é conhecida pela geometria, estrutura, uso de materiais e design inserido na natureza, facto que faz considerar influências da arquitectura orgânica e funcional bem como na arquitectura do ferro e do vidro visto que o edifício tem 14.000 toneladas de ferro e 20,000 m² de vidro. Impressionante, concordam?

Logo a seguir em 2001 abriu o Umbracle uma estrutura ao ar livre completamente espaçosa construída sob um parque de estacionamento onde podemos passear num jardim com plantas indígenas de Valência, tais como cistus, lentisca, alecrim, lavanda, madressilva, buganvílias e palmeiras. No interior, existe também um passeio de esculturas ao ar livre.. Foi definido como a entrada para a cidade das ciências e das artes e sem sabermos foi por ele que entramos e iniciamos a nossa descoberta do espaço. Mede 320 x 60 metros. As plantas nele contidas foram meticulosamente escolhidas para mudar de cor a cada estação. Contém mais de 100 plantas aromáticas incluindo o alecrim e a lavanda e perto de 200 palmeiras, umas maiores e outras mais pequenas.

O Palau de les Arts Reina Sofia (2005) é um centro de artes performativas e uma ópera. É constituído por quatro espaços: a Sala Principal, a Sala de Aulas Magistral, o Anfiteatro e o Teatro da Câmera. Foi dedicado à música e artes cénicas. Cercado por 87.000 m² de terra e água, além de 10.000 m² de área de passeio, o palácio recebe muitos eventos como óperas, teatros e concertos. Elevadores panorâmicos e escadas ligam as plataformas em diferentes alturas no interior das estruturas metálicas do edifício. O edifício tem um telhado exterior metálico em forma de pena que repousa sobre dois suportes. Mede 230 metros de comprimento e 70 metros de altura. Um dos suportes permite que parte do edifício seja suspenso. O edifício é suportado por cimento branco. Duas conchas de aço laminado cobrem o prédio com mais de 3.000 toneladas. Essas conchas têm 163 metros de largura e 163 metros de comprimento.

Em 2008 a Pont de l’Assut de l’Or uma ponte branca com imensos cabos na sua estrutura atravessa o leito seco do rio Turia, e faz a ligação do lado sul com a calle Menorca, entre o Museu de las Ciências e L’Agora. A torre da ponte tem 125 metros de altura é o ponto mais alto da cidade.

L’Àgora abriu um ano mais tarde, 2009, é um pavilhão no qual são realizados concertos e eventos desportivos como o Open de Valência. Neste momento está a ser projetado para receber o CaixaFórum València em 2020.

Fizemos uma pausa para almoçar num shopping mesmo em frente e acabamos por comer no McDonald’s, para quem queria ir comer Paella, que grande volta…😕

De lá fomos ao Oceanogràfic um parque oceanográfico ao ar livre que abriu em 2003. É o maior oceanário na Europa com 110,000 m² e 42 milhões de litros de água. Foi concebido com a forma de um nenúfar e cada edifício representa diferentes ambientes aquáticos incluindo o  Mediterrâneo, as zonas húmidas como charcos e pântanos, mares temperados e tropicais, os Oceanos, o Ártico e a Antártida, Ilhas e o Mar Vermelho. É a casa de mais de 500 espécies diversas como golfinhos, belugas, morsas, leões marinhos, focas, peixes espada, alforrecas, estrelas do mar, ouriços do mar, tartarugas, tubarões, raias e pinguins. Bem como aves aquáticas.

Entretanto voltamos para trás, eu queria ir para a praia mas estava muito cansada para fazer o caminho da ida e da volta a pé. Acabamos por ir para a paragem do autocarro em frente ao Umbracle para seguirmos até ao centro da cidade, com o transito cortado, por causa da Falla, em várias ruas que davam ao centro ainda andamos um bocado no meio da multidão, estava muito calor e quando saímos do autocarro só queria água, é difícil encontrar grandes superfícies abertas ao fim-de-semana em Espanha, sempre conheci Espanha assim, passam anos e anos e sempre se mantém fiel a esses termos, encontramos um pequeno supermercado ao pé do MuVim que queria visitar e lá comprámos a água.

O MuVim e esteve fechado para almoço imensas horas, e estivemos lá à espera entre barulhos de bombinhas e estouros de uma espécie de foguetes, miúdos a andar de skate entre os restos de pedras judaicas, romanas etc. Mais de duas horas nisto e quando após as 16h o museu abriu fui para lá ver uma data de representações da santa padroeira da cidade, Mare de Déu dels Desamparats, a minha tia, irmã da minha mãe ia adorar. Na entrada encontramos uma maquete bem interessante e pormenorizada da cidade de Valência e de lá somos conduzidos à sala da torre medieval, onde temos acesso a parte de uma torre medieval da cidade. Nessa sala, muito pequena, pude apreciar uma exposição sobre a evolução da figura da mulher na banda desenhada do século XX – Les dones en els tebeos del franquisme, que sem dúvida foi a minha parte favorita.

Do MuVim – Museo Valenciano de la Ilustración y la Modernidad esperava um pouco mais muito sinceramente, a visita após a espera imensa deixou-me um pouco a desejar, tivemos azar, o museu tinha poucas exposições na altura.

Estive pouquíssimo tempo no museu mas ouvi imensos metros a passar, o museu é colado à linha de metro e a insonorização não é das melhores. Após a saída do museu procuramos o metro para voltar para o hotel estávamos cansados e não havia muito a fazer, pois estava tudo fechado, imensas pessoas na rua, nunca vi tanta gente nas ruas como naquele sábado em Valência, nem em Nova Iorque! Os Valencianos levam muito a sério as celebrações do Falles e saem à rua vestidos a rigor, e todas as ruas ficam repletas de milhares de pessoas. Impressionante!

Antes de voltarmos para o hotel ainda procuramos algo aberto para comer mas sem sucesso acabamos por voltar para o hotel, relaxar, tomar banho e comer e beber o que por lá tínhamos nem eram 20:00 e eu já tava na cama a dormir e que bem me soube porque até ali tinha dormido mal e porcamente.

Dia 10 e a forçada despedida.

Último dia em Valência, aproveitei para acordar – que até foi cedo – e ir dar uma voltinha, fomos à rua Notting Hill como eu apelidei, tirar umas fotos e depois lembrei-me que não tínhamos comprado ímans para o frigorífico e fomos a caminhar  passamos a ponte d’Aragó e fomos percorrendo as margens dos Jardins do Turia até virarmos para ir ao mercado mais ou menos na zona da estação Alameda onde apanhamos o metro fomos procurar por eles, infelizmente o mercado estava fechado senão tinha comprado mais fruta até para trazer para cá, compramos os ímans e voltamos para o Hotel.

Restaurante que ficou famoso por ser frequentado por Hemingway. Dizem ser ali servida a melhor Paella de Valência, após algumas más reviews preferimos deixar para uma próxima!
– Já me arrependi. 😅


Não gosto do regresso a casa na maioria das vezes e esta não foi excepção.

Agora resta saber qual será o próximo destino!

Se acompanhaste estes posts sobre Valência, obrigada, espero que tenhas gostado e conto contigo para aguardar pelos próximos!  Agora resta saber qual será a nova aventura que está aí por vir!

 

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Tinha a mochila para fazer, fiz a mala comi qualquer coisa ele fez o check-out. De lá fomos no metro até à praia, decidi que era o melhor para não andarmos muito tempo com as mochilas às costas, após algumas horas a curtir a praia, j´só queria ficar lá, mas a hora de apanhamos o metro para o aeroporto chegou. Andamos lá a explorar as lojitas e voltamos para cá.

Restaurante que ficou famoso por ser frequentado por Hemingway. Dizem ser ali servida a melhor Paella de Valência, após algumas más reviews preferimos deixar para uma próxima!
– Já me arrependi. 😅


Não gosto do regresso a casa na maioria das vezes e esta não foi excepção.

Agora resta saber qual será o próximo destino!

Se acompanhaste estes posts sobre Valência, obrigada, espero que tenhas gostado e conto contigo para aguardar pelos próximos!  Agora resta saber qual será a nova aventura que está aí por vir!

 

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