Film Diary / / General Sherman, Sequoia & Kings Canyon National Parks

Visto que a minha passagem pelo Big Sur, Los Padres National Forest, Mendocino National Forest, Six Rivers National Forest, Shasta-Trinity National Forest, foram só mesmo isso, passagens... Finalmente decidimos ir ver um dos parques nacionais que tanto insisti por causa das suas árvores. Quando planeei lá ir, foi porque sempre pensei que a General Sherman era a árvore mais alta viva do mundo, há quem defenda que sim e há quem defenda que não. Seja como for é alta que se farta, é um sitio delicioso de se visitar e só tenho pena das fotografias da neve terem ficado queimadas.

A árvore General Sherman, assim nomeada por causa de um militar de um dos corpos de expedição que passaram por aquelas terras) é uma Sequóia gigante localizada no Giant Forest of Sequoia National Park, no Condado de Tulare, na Califórnia. Em volume, é a maior árvore viva de tronco único conhecida na Terra

Bearing in mind that my way to Big Sur, Los Padres National Forest, Mendocino National Forest, Six Rivers National Fores, Shasta-Trinity National Forest, were just like that, passing right through, we finally decided to go and see one of the national parks that I most insisted because of it's trees. When I planned to go there, it was because I always thought that General Sherman was the tallest living tree in the world, there are those who argue that it is and there are those who argue that it isn't.  Anyway, it's high that you get tired, it's a delightful place to visit and I only feel sorry for the photographs of the snow that didn't expose the right way.

General Sherman is a giant sequoia tree located in the Giant Forest of Sequoia National Park in Tulare County, in the U.S. state of California. By volume, it is the largest known living single-stem tree on Earth.

Embora seja a árvore tida como maior em volume, a General Sherman  não é nem a árvore viva mais alta que haja conhecimento no planeta Terra (esse pódio pertence à árvore Hyperion, uma Sequóia Costeira), [nem é a mais larga (tanto o maior Cipreste quanto o maior Baobá têm um diâmetro maior), nem é a árvore viva mais antiga conhecida na Terra (esse pódio pertence a um Pinheiro Bristlecone). Nem sempre é fácil datar uma árvore viva, mas a maioria dos especialistas concorda que um Pinheiro Bristlecone (Pinus longaeva) na cordilheira White Mountain na Califórnia apelidado de "Matusalém", tem mais de 4.700 anos.

Com uma altura de 83,8 metros (275 pés), um diâmetro de 7,7 m (25 pés), um volume estimado do fuste de 1.487 m3 (52.513 pés cúbicos) e uma idade estimada de 2.300–2.700 anos, está sem dúvida entre as árvores mais altas, largas e com vida mais longa do planeta.

While it's the largest tree known, the General Sherman Tree is neither the tallest known living tree on Earth (that distinction belongs to the Hyperion tree, a Coast Redwood), nor is it the widest (both the largest Cypress and largest Baobab have a greater diameter), nor is it the oldest known living tree on Earth (that distinction belongs to a Great Basin Bristlecone Pine). It isn't always easy to date a living tree, but most experts agree that a Bristlecone Pine Tree (Pinus Longaeva) in California's White Mountain range nicknamed Methuselah, is over 4,700 years old.

With a height of 83.8 meters (275 ft), a diameter of 7.7 m (25 ft), an estimated bole volume of 1,487 m3 (52,513 cu ft), and an estimated age of 2,300–2,700 years, it is nevertheless among the tallest, widest, and longest-lived of all trees on the planet.


Depois de ver a Sequóia, metemos pés ao caminho e fomos ver a Hanging Rock, o acesso não é difícil mas não é fácil de a encontrar, convém levar as coordenadas certas e um mapa/GPS que não precise de internet, pois não sei se sabem mas nas florestas e parques nacionais dos E.U.A nem sempre se apanha sinal de rede.

Para completar a brincadeira estava a ficar tarde, tínhamos km para andar e estavamos com pouquíssima bateria e vontade de ir a casa de banho, mas não dou tréguas e quando quero uma coisa vou até ao fim, pena que as fotografias dentro de troncos enormes, ocos e com entradas desafiadoras também queimaram :(  tenho-o como só mais um motivo para lá voltar! :)

Subir à pedra não é pêra doce, foi difícil mas valeu muito a pena! Se lá forem tenham cuidado, levem roupa e calçado confortável e disfrutem porque há coisas únicas e a Natureza é a melhor coisa que temos, não deixem lixo por lá! Vi poucas pontas de cigarro e nenhum lixo, plástico, cartão etc, que me lembre, maior parte do caminho a estrada estava fechada porque fecham no inverno devido ao gelo e neve, talvez por isso consigam preservar melhor as florestas, não sei, o que tenho a certeza é que é crucial preservar a Natureza.

After seeing the Sequoia, we hit the road by feet because there was no car access and we went to see the Hanging Rock, the way to it isn't difficult if you're used to walk, but it isn't easy to find it, it's better to take the right coordinates and a map / GPS that does not need internet. I don't know if you know but in the forests and national parks of the USA you don't always get a network signal.

To complete the game, it was getting late, we had miles to walk to it and back and we had very little battery and the urge to go to the bathroom, but I never give up and when I want something I go get it, too bad the photos inside huge logs, hollowed and with challenging entries also didn't expose the right way :( I have it as just one more reason to go back there! :)

Climbing the rock is not easy-peasy, it was difficult but it was very worth it! If you go there be careful, take comfortable clothes and shoes and enjoy because there are unique things and Nature is the best thing we have, don't leave garbage there! I saw few cigarette butts and no garbage, plastic, cardboard etc, as far as I remember, most of the way the road was closed because they close in winter due to ice and snow, so maybe they can better preserve the forests, I don't know, what I am sure is that it's crucial to preserve Nature.



Film Diary / / Strolling Around LA


Los Angeles, a cidade que toda a vida, senti como minha, minha casa, meu amor, meu sonho, quando pisei nela, tudo fez sentido, se pudesse era lá que estava até hoje...

À chegada vi multiplicarem-se os actos de homenagem ao Kobe Bryant, tinha morrido poucos dias antes e o choque foi enorme, vi coisas muito bonitas e de uma sensibilidade tremenda.

Decidi eternizar essa parede de grafitti que os fãs prontamente encheram de post-it com diversas mensagens.

Eu não tinha post-it e decidi ir escrever a minha mensagem no mural em frente ao Staples Center onde jogam os Lakers.

Los Angeles, the city that all my life, felt like mine, my home, my love, my dream, when I stepped on it, everything made sense, if I could choose to be somewhere, I would definitely be in LA.

Upon arrival I saw the acts of homage to Kobe Bryant, multiply. Kobe died a few days before i went to LA and the shock was huge, I saw very beautiful things and tremendous sensitivity.

I've decided to eternalize this graffiti wall that the fans promptly filled with post-it notes with various messages.

I didn't have a post-it note and decided to write my message on the created wall in front of the Staples Center where the Lakers play.



Canais de Veneza em Los Angeles.

Um local histórico e de interesse turístico notável por possuir canais pantanosos artificiais, construídos em 1905 por Abbot Kinney como parte de sua Veneza Americana.

The Venice Canal Historic District is embedded in the residential Venice suburb of Los Angeles, California. The historic district is noteworthy for possessing man-made wetland canals, built in 1905 by developer Abbot Kinney as part of his Venice of America.










Todos os dias sinto saudades de Los Angeles e foi assim a vida toda...

Posso voltar para ficar? Please 

I miss LA every freaking day, and it's been like this all my life...

Can I go back for good? Please :)

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Film Diary / / Monterey Down 17-Mile Drive

Que lindo dia passado a passear por uma linda parte da costa Californiana, lugares icónicos ao longo da famosa 17-Mile Drive incluindo "The Lone Cypress", "Spanish Bay" e Pebble Beach com os seus vastos campos de golf, não tive a sorte de ver o Tiger ☻

What a beautiful day spent strolling along a beautiful part of the Californian coast, iconic places along the famous 17-Mile Drive including "The Lone Cypress", "Spanish Bay" and Pebble Beach with its vast Golf courses... I was not lucky enough to see Tiger ☻

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Film Diary / / Portland, OR

Desde que me lembro, Portland no Oregon foi sempre uma cidade presente no meu imaginário, a par de outras tantas pelos Estados Unidos da América. Na minha primeira vez na costa oeste dos E.U.A não podia perder a oportunidade de a visitar, foi uma imensa viagem Califórnia a cima, passando por vales, planícies, florestas e parques naturais que só na Califórnia podemos perder ou ganhar "uma vida" a visitar.
Foi das viagens mais densas; de vegetação, terra e mar, e que feliz fiquei por passear por vários pontos que me encheram de interesse, anted e durante. Interesse esse que perdurará, sem qualquer margem para dúvida! Ainda voltarei, para fazer a costa oeste dos E.U.A de norte a sul, assim a vida me permita! 

E permitirá! 

For as long as I can remember, Portland, Oregon has always been a city present in my imagination, alongside many others across the United States of America. On my first time on the west coast of the U.S. I couldn't miss the opportunity to visit it, it was an immense trip up California, going through valleys, prairies, forests and natural parks that alone in California we can lose or win "a life" to visit.

It was one of the most dense trips; of vegetation, land and sea, and I was happy to stroll through several points that filled me with interest, before and during. Interest that will last, without any doubt! I will be back, to make the west coast of the U.S. from north to south, so life will allow me!

And It will!







A Mansão Pittock é um palacete de estilo renascentista francês nas colinas oeste de Portland. A mansão foi construída originalmente em 1914 para habitação particular para o editor londrino Henry Pittock e sua esposa, Georgiana Burton Pittock.

The Pittock Mansion is a French Renaissance-style château in the West Hills of Portland, Oregon, United States. The mansion was originally built in 1914 as a private home for London-born Oregonian publisher Henry Pittock and his wife, Georgiana Burton Pittock.




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Film Diary / / Copenhaga

Meio dia em Copenhaga e fiquei conquistada. Copenhaga transmite confiança, conforto, modernidade e história. Uma cidade bem elegante, cosmopolita, que comecei a explorar bem cedo onde quase ninguém andava nas ruas! Esta é a melhor opção sempre: levantar cedo e aproveitar!.

Half a day in Copenhagen and I was conquered. Copenhagen conveys confidence, comfort, modernity and history. A very elegant, cosmopolitan city, which I started exploring early in the morning, where almost no one walked the streets! This is the best option ever: get up early and enjoy!








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Film Diary / / Roadtrip 2019






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Valencia the sunrise and the return!

English

Dia 9 e o nascer do sol.

Desde que cheguei só pensava ver o nascer do sol no mar, na praia, sempre adorei o nascer e o pôr-do-sol, fomos adiando porque acordava e ele estava a dormir mas depois lá definimos que iríamos no sábado e assim foi. Precisava mesmo daquele momento catártico que, infelizmente foi interrompido 🦈... Nada contra ninguém mas detesto que me chateiem, especialmente quando estou no meu canto quietinha já quase em modo zen.

 

 

Enfim tenho uma história mais atribulada para contar.

Eram 5 e tal da manhã acordamos para apanhar o metro até à praia. Chegamos estava já o dia claro e via-se o rasto da luz do sol no horizonte, morri por instantes a pensar que já não o apanhava a nascer, andava mais rápido do que o Speedy Gonzales, mas quando cheguei â praia ainda não se via o sol - missão cumprida! Estava muito pouca gente, um cão, um rapaz a correr, um casal de Japoneses, e umas pessoas dispersas, tirei os All Stars que me serviram de apoio aos telemóveis, queria fazer um time lapse e assim foi, tiramos umas fotos, câmara ao pescoço dele e eu de pés descalços na areia fria prontinha para quando o sol subisse e acabasse as fotos ir molhar os pezitos ao mar, estava tudo óptimo e perfeito, quando estou de telemóvel na mão, ele com a câmara ao pescoço e eu começo a ver um homem com uma tremenda cara de mau aproximar-se e disse para nós:

- O que é que este quer agora?

O homem sempre a mirar-nos aproxima-se e começa agressivamente e muito rápido a dizer um monte de coisas em tom ameaçador. Basicamente ele não era Espanhol e tinha sido atacado por 7 pessoas, segundo ele, que lhe bateram. Tinha sangue seco no nariz, cara, orelhas etc., enfim casos da noite, muito booze e desorientações dá nisto, seja como for sete para um foram covardes, ainda mais que ele não era Espanhol e houve logo associação a acto xenófobo e outras coisas mais pelo que ele tava a falar, sim, porque depois falou calmamente conosco apesar da abordagem muito agressiva no início à qual eu achei ZERO piada, entretanto durante o início da abordagem fui-me calçando porque we never know podia ser preciso desatar a correr 👀…

A calma é a melhor aliada nestas coisas.

Entretanto conseguimos voltar ao hotel, onde fomos mudar de roupa e tirar a areia que tínhamos trazido nos pés e descansar um pouco até.

🌸 As Ruas de Valência são repletas de adoráveis flores! 🌸

Decidimos ir um pouco até à zona mais contemporânea, a Ciudad de las Artes y las Ciencias y Umbracle, situada no fim dos Jardins do Turia, é um complexo arquitectural super fresh de Valência com o qual vibrei imenso, uma zona dedicada ao entretenimento e cultura que foi inaugurado em 1998 com a abertura do L'Hemisfèric, um cinema IMAX e planetário que faz lembrar um olho, que abre e fecha como as nossas pálpebras, brilhante não acham? Foi integraçmente construído em 1998 antes da sua abertura em Julho.

 

Foi a primeira atracção a abrir seguida do Museu de les Ciències Príncipe Felipe, que abriu em 2000, e a par do L'Oceanogràfic (2003) e do Palau de les Arts Reina Sofia (2005) é o meu edifício favorito.

Um museu interactivo de ciências que lembra o esqueleto de uma baleia e é enorme! Cerca de 40,000 m² em três andares. Grande parte do rés do chão é ocupado por um campo de basquetebol patrocinado por uma equipa local e várias empresas. Apenas 26,000 m² são usados para exibições. No primeiro andar temos uma vista enorme para os Jardins do Turia e o espaço envolvente que é cerca de 13,500 m² de água, onde são praticadas as mais diversas actividades por miúdos e graúdos. No segundo andar existe uma exposição permanente sobre o legado da ciência, e o terceiro andar é conhecido por “Floresta Cromossoma” onde podemos ver a sequência de ADN humano. Ainda no mesmo andar temos as exposições “Gravidade Zero” a “Academia do Espaço” e "Super-heróis da Marvel". É o maior espaço de exibições em Espanha enquanto edifício.  A sua arquitetura é conhecida pela geometria, estrutura, uso de materiais e design inserido na natureza, facto que faz considerar influências da arquitectura orgânica e funcional bem como na arquitectura do ferro e do vidro visto que o edifício tem 14.000 toneladas de ferro e 20,000 m² de vidro. Impressionante, concordam?

Logo a seguir em 2001 abriu o Umbracle uma estrutura ao ar livre completamente espaçosa construída sob um parque de estacionamento onde podemos passear num jardim com plantas indígenas de Valência, tais como cistus, lentisca, alecrim, lavanda, madressilva, buganvílias e palmeiras. No interior, existe também um passeio de esculturas ao ar livre.. Foi definido como a entrada para a cidade das ciências e das artes e sem sabermos foi por ele que entramos e iniciamos a nossa descoberta do espaço. Mede 320 x 60 metros. As plantas nele contidas foram meticulosamente escolhidas para mudar de cor a cada estação. Contém mais de 100 plantas aromáticas incluindo o alecrim e a lavanda e perto de 200 palmeiras, umas maiores e outras mais pequenas.

O Palau de les Arts Reina Sofia (2005) é um centro de artes performativas e uma ópera. É constituído por quatro espaços: a Sala Principal, a Sala de Aulas Magistral, o Anfiteatro e o Teatro da Câmera. Foi dedicado à música e artes cénicas. Cercado por 87.000 m² de terra e água, além de 10.000 m² de área de passeio, o palácio recebe muitos eventos como óperas, teatros e concertos. Elevadores panorâmicos e escadas ligam as plataformas em diferentes alturas no interior das estruturas metálicas do edifício. O edifício tem um telhado exterior metálico em forma de pena que repousa sobre dois suportes. Mede 230 metros de comprimento e 70 metros de altura. Um dos suportes permite que parte do edifício seja suspenso. O edifício é suportado por cimento branco. Duas conchas de aço laminado cobrem o prédio com mais de 3.000 toneladas. Essas conchas têm 163 metros de largura e 163 metros de comprimento.

Em 2008 a Pont de l'Assut de l'Or uma ponte branca com imensos cabos na sua estrutura atravessa o leito seco do rio Turia, e faz a ligação do lado sul com a calle Menorca, entre o Museu de las Ciências e L'Agora. A torre da ponte tem 125 metros de altura é o ponto mais alto da cidade.

L'Àgora abriu um ano mais tarde, 2009, é um pavilhão no qual são realizados concertos e eventos desportivos como o Open de Valência. Neste momento está a ser projetado para receber o CaixaFórum València em 2020.

Fizemos uma pausa para almoçar num shopping mesmo em frente e acabamos por comer no McDonald’s, para quem queria ir comer Paella, que grande volta...😕

De lá fomos ao Oceanogràfic um parque oceanográfico ao ar livre que abriu em 2003. É o maior oceanário na Europa com 110,000 m² e 42 milhões de litros de água. Foi concebido com a forma de um nenúfar e cada edifício representa diferentes ambientes aquáticos incluindo o  Mediterrâneo, as zonas húmidas como charcos e pântanos, mares temperados e tropicais, os Oceanos, o Ártico e a Antártida, Ilhas e o Mar Vermelho. É a casa de mais de 500 espécies diversas como golfinhos, belugas, morsas, leões marinhos, focas, peixes espada, alforrecas, estrelas do mar, ouriços do mar, tartarugas, tubarões, raias e pinguins. Bem como aves aquáticas.

Entretanto voltamos para trás, eu queria ir para a praia mas estava muito cansada para fazer o caminho da ida e da volta a pé. Acabamos por ir para a paragem do autocarro em frente ao Umbracle para seguirmos até ao centro da cidade, com o transito cortado, por causa da Falla, em várias ruas que davam ao centro ainda andamos um bocado no meio da multidão, estava muito calor e quando saímos do autocarro só queria água, é difícil encontrar grandes superfícies abertas ao fim-de-semana em Espanha, sempre conheci Espanha assim, passam anos e anos e sempre se mantém fiel a esses termos, encontramos um pequeno supermercado ao pé do MuVim que queria visitar e lá comprámos a água.

O MuVim e esteve fechado para almoço imensas horas, e estivemos lá à espera entre barulhos de bombinhas e estouros de uma espécie de foguetes, miúdos a andar de skate entre os restos de pedras judaicas, romanas etc. Mais de duas horas nisto e quando após as 16h o museu abriu fui para lá ver uma data de representações da santa padroeira da cidade, Mare de Déu dels Desamparats, a minha tia, irmã da minha mãe ia adorar. Na entrada encontramos uma maquete bem interessante e pormenorizada da cidade de Valência e de lá somos conduzidos à sala da torre medieval, onde temos acesso a parte de uma torre medieval da cidade. Nessa sala, muito pequena, pude apreciar uma exposição sobre a evolução da figura da mulher na banda desenhada do século XX - Les dones en els tebeos del franquisme, que sem dúvida foi a minha parte favorita.

Do MuVim - Museo Valenciano de la Ilustración y la Modernidad esperava um pouco mais muito sinceramente, a visita após a espera imensa deixou-me um pouco a desejar, tivemos azar, o museu tinha poucas exposições na altura.

Estive pouquíssimo tempo no museu mas ouvi imensos metros a passar, o museu é colado à linha de metro e a insonorização não é das melhores. Após a saída do museu procuramos o metro para voltar para o hotel estávamos cansados e não havia muito a fazer, pois estava tudo fechado, imensas pessoas na rua, nunca vi tanta gente nas ruas como naquele sábado em Valência, nem em Nova Iorque! Os Valencianos levam muito a sério as celebrações do Falles e saem à rua vestidos a rigor, e todas as ruas ficam repletas de milhares de pessoas. Impressionante!

Antes de voltarmos para o hotel ainda procuramos algo aberto para comer mas sem sucesso acabamos por voltar para o hotel, relaxar, tomar banho e comer e beber o que por lá tínhamos nem eram 20:00 e eu já tava na cama a dormir e que bem me soube porque até ali tinha dormido mal e porcamente.

Dia 10 e a forçada despedida.

Último dia em Valência, aproveitei para acordar - que até foi cedo - e ir dar uma voltinha, fomos à rua Notting Hill como eu apelidei, tirar umas fotos e depois lembrei-me que não tínhamos comprado ímans para o frigorífico e fomos a caminhar  passamos a ponte d’Aragó e fomos percorrendo as margens dos Jardins do Turia até virarmos para ir ao mercado mais ou menos na zona da estação Alameda onde apanhamos o metro fomos procurar por eles, infelizmente o mercado estava fechado senão tinha comprado mais fruta até para trazer para cá, compramos os ímans e voltamos para o Hotel.

Tinha a mochila para fazer, fiz a mala comi qualquer coisa ele fez o check-out. De lá fomos no metro até à praia, decidi que era o melhor para não andarmos muito tempo com as mochilas às costas, após algumas horas a curtir a praia, j´só queria ficar lá, mas a hora de apanhamos o metro para o aeroporto chegou. Andamos lá a explorar as lojitas e voltamos para cá.

Restaurante que ficou famoso por ser frequentado por Hemingway. Dizem ser ali servida a melhor Paella de Valência, após algumas más reviews preferimos deixar para uma próxima!
- Já me arrependi. 😅

Não gosto do regresso a casa na maioria das vezes e esta não foi excepção.

Agora resta saber qual será o próximo destino!

Se acompanhaste estes posts sobre Valência, obrigada, espero que tenhas gostado e conto contigo para aguardar pelos próximos!  Agora resta saber qual será a nova aventura que está aí por vir!

 

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València - Albufera y la marea morada

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ENGLISH

Começei o dia 8 de Março a apanhar um autocarro para o centro da cidade, o dia 8 era um dia forte no que tocava à greve do Metro e um dia mais forte ainda no que tocava à manifestação a favor dos direitos das Mulheres, IGUALDADE é o que mais se reivindica. Como sabíamos da greve decidimos que nesse dia iríamos passear até ao Parc Natural de l'Albufera de València/Pobles del Sud.

Ao chegarmos ao centro rodopiei pela Plaça Redonda, pintada a toda a volta de amarelo é uma praça em forma circular que do lado de fora, passa despercebida ao olhar de qualquer um, eu tinha conhecimento da sua existência mas acabei por a encontrar sem querer antes da ida ao mercado. A praça é formada por prédios e lojas a toda a volta, datada de 1840 os acessos a ela são quatro, nos pontos cardeais e são feitos através de pequenas ruelas onde se formam arcos que dão entrada na praça. A praça é um ponto comercial, pedonal, as suas dimensões não permitem o acesso a veículos motorizados e é uma das praças mais pequenas da cidade. Situada  no centro do triângulo entre o mercado e a Plaça de La Reina é usada como caminho de acesso entre os dois.

Encantados com a vida, as cores e os amores entre as ruas lá chegamos ao mercado, mercados são puro amor, adoro ir a mercados, tenho pena dos nossos mercados em Portugal não terem a vasta variedade de produtos que vejo pelos Europeus, acho que também perdemos um pouco a tradição de ir ao mercado, e aos poucos está a ser recuperada.

O Mercat Central de València é lindíssimo e com imensa variedade, fiquei completamente apaixonada!

O edifício de arte nova Valenciana, belíssimo, foi construído no local que a partir de 1839, passou a ser usado para inaugurar um mercado ao ar livre chamado Mercat Nou. No final do século, a cidade de Valência abriu um concurso para a construção de um novo mercado coberto. Mas apenas em 1910 um novo concurso selecionou o projeto atual de Alejandro Soler March e Francisco Guàrdia Vial. A construção começou em 1914 e não foi totalmente concluída até 1928.

O Mercat Central de València é um dos maiores da Europa, abrange mais de 8.000 metros quadrados, em dois andares, de estilo predominantemente Valenciano de Art Nouveau. O tecto é incomum e compreende cúpulas originais e diferentes alturas e inclinações, o interior parece ser revestido por uma variedade de materiais como ferro, vidro, madeira, cerâmica e azulejos policromáticos. O edifício é muito bem iluminado e sua beleza é enaltecida devido à luz natural que entra pelo telhado e através dos painéis super coloridos.

O estilo combina um estilo de Art Nouveau Valenciano, moderno que acaba por reflectir  algumas influências arquitetónicas, como o estilo Gótico Valenciano da vizinha Llotja de la Seda e a eclética igreja gótica barroca de Sants Juanes.

A variedade de produtos alimentícios é tal, que eu era menina para gastar o mês lá dentro. Verduras e frutas frescas e secas, podem ver mais nas InstaStories, pinchos, fumados, peixes e carnes frescas, sumos, doces típicos e sobremesas e também lojas de souvenirs fazem as delícias do mercado que conta também com restaurantes e balcões onde se pode petiscar e beber, e acreditem ainda era cedo e vi bem esses copinhos de vinho, marotos! “It’s always 5pm somewhere, right?” 🍷

A sua popularidade é grande entre turistas e locais. Além das lojas internas, a toda a volta externa encontramos vendedores, maioritariamente de flores e souvenirs mas também bares e cafés com comida, bebida e lojas de utensílios de cozinha com as famosas paellas (sertã que dá nome ao prato) de todos os tamanhos possíveis, imaginários.

Paella significa sertã e vem do latim patella, diminutivo de patina que significa prato plano e largo, ou seja sertã.

A Paella é um prato de raízes humildes, dos pescadores e trabalhadores dos campos de arroz, residentes na área da Albufera de Valencia. Os habitantes da Albufera reza a história sempre viveram das plantações de arroz, dos barcos, das aves, principalmente patos e da pesca. O arroz de grão médio (5 a 6 milímetros) é o predileto dos Valencianos para confeccionar o prato. O arroz conhecido por bomba, é dos mais usados para o prato, por ser dos melhores a manter as propriedades de cozedura indicadas para a Paella, absorve bem água sem ficar pastoso após a cozedura e não abre com facilidade.

O prato, de ingrediente principal o arroz, que entrou na Europa por volta de 330 a.C. graças a Alexandre Magno e suas viagens, ao qual misturam verduras, carnes e pescados da zona como pato silvestre, marisco e caracóis, leva ainda açafrão, um dos ingredientes indispensáveis a par do arroz, e em Valência há quem adicione pimentão doce fumado e alecrim para conferir sabor ao caldo. Hoje conhecido e apreciado por todo o mundo foi ali na berma daquelas águas que foi criado.

Antes de ir  apanhar o autocarro para a Albufera, passamos num El Corte Inglés onde me dei ao luxo de comprar um pincho por €1.50 que foi mais caro que a empanadilha, e foi esse o meu almoço, pois fome era zero, quando viajo entusiasmo-me tanto com as coisas e quero ver tudo que me esqueço de comer e quando me dá a fome, tenho azar como aconteceu no dia anterior.

Quis muito conhecer esse sítio mágico chamado Albufera de Valência e fui até lá, pelo menos olhar para ela, absorver a sua imponência, mas acreditem em mim, que já o imaginava e pude comprovar, para conhecer a Albufera convém SEM DÚVIDA ter um carro e umas bikes ou vespas para explorar locais de menos fácil acesso, se conhecerem alguém que conheça bem a zona ou arranjarem por lá é uma mais valia. Mas valeu toda a pena do mundo a ida, e a meta será percorrer aquela costa toda da Albufera, aliás a costa mediterrânea espanhola! Não vou morrer, ESPERO 😅, sem alugar um carro e percorrer todos os pontinhos que pretendo!

Depois de fotos e vídeos decidimos regressar à cidade, fiquei com pena de não ter ido no barquinho ver a Albufera mas na altura não considerei que era boa ideia, fica para a próxima.

Chegamos à cidade fomos tomar café gelado, um expresso e um donut no Dunkin’, wow a pensar bem foi a primeira vez na vida que tive num Dunkin’ Donuts fora da América e não comi um donut.🍩

Aproveitamos que estávamos perto e fomos ao Palau de Cervelló. Um edifício neoclássico construído no século XVIII. Faz parte da histórica Plaza de Tetuán, em frente ao convento de Santo Domingo (edifício do século XIII de estilo Gótico Valenciano e Barroco, construído em terrenos cedidos pelo Rei Jaime I. O Palau de Cervelló é de extrema importância para a historia da cidade, quando o Palau del Real foi demolido em 1810, tornou-se a residência oficial dos monarcas aquando de visitas à cidade.

Em 1814, por exemplo, Ferdinand VII foi lá recebido, hoje encontramo-lo enfeitado com arcos triunfais, alegorias e retratos do rei e da rainha e de momentos importantes nele passados. Foi no Palau de Cervelló onde assinou o decreto que dissolveu as Cortes e revogou a Constituição de 1812, e anos depois, em 1840, sua viúva María Cristina abdicou da regência.

Actualmente é nele que encontramos o Arquivo Municipal Histórico de Valência, para onde os achados que estavam na parte superior da Câmara Municipal da cidade de Turia foram transferidos. Nele podemos consultar secções tão importantes quanto as "Feiras e Festivais", "Rio Turia", "Serrano Morales" entre outros.

Apenas a fachada é preservada com sua aparência original, ladeada por duas torres e dois pavimentos com varandas.

Welcome to my crib!
😆

Saímos e as ruas já cheias de mulheres  vestidas de “morado” enchiam cada vez mais as ruas, foi a maior manifestação que alguma vez vi na vida, descemos a Carrer de Colón dos jardins em direcção à Plaça de Bus, porque eu queria ir à Lush e era um trânsito pedonal que raramente se vê, ruas à pinha de gente, mulheres, mulheres e mais mulheres e ainda muitos homens, todos juntos pelos direitos das mulheres, após sair da loja acabamos por ir até ao IVAM a pé, voltamos a passar por várias zonas como o Jardim Botânico que é lá perto, sempre acompanhados nas ruas, por um mar de roxo, mulheres ao poder ✊🏽 já chega de desigualdade!

Entramos no IVAM após as 19h e ficamos até ao fecho praticamente, adorei o museu, acho que o macaco aventureiro já estava demasiado cansado para apreciar o que devia, estava que não podia das pernas e sofri alguma pressão para abandonar o edifício 😅, mas ele é rijo e acompanhou-me até ao fim. Vimos tudo e saímos. E aqui continua a história da luta, eram quase 21:00 e a maré roxa continuava firme e forte pelas ruas: música, tambores, (que eu adoro, fez-me logo pensar no São Gonçalo de Gaia) e gritos de reivindicação, surpreendente para mim, nunca vi tanta força, tanta gente e tanta garra!👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼 Foi a maior manif que alguma vez testemunhei e também ali continuei a apaixonar-me por Valência!

Continuamos caminho um pouco com eles um pouco afastados deles, furamos a multidão e passamos uma das pontes. Fomos ter a outro El Corte Inglés e comprar mais queijos e enchidos fumados: Bellota, salame de Ervas Finas e desta vez o meu favorito Emmental; pão de centeio e bebidas, e siga para o hotel tomar banho e sanduichar 😅 porque muitas vezes as coisas mais simples são as melhores da vida!

Estava uma noite tão agradável, andava eu de vestido, só consigo andar de vestido no verão, sou muito  mas sou ainda mais friorenta, não sou de aguentar frio, venha o quentinho, mas gosto de chuva tho.

Pelo caminho encontramos uma espécie de parque de diversões, mesmo em frente ao centro comercial onde estava o El Corte Inglés, carrinhos de choque e carrosséis para miúdos e graúdos e não resisti às fotos 🙈  já estava na hora do fecho e foi a hora ideal para atravessar a rua e apanhar o autocarro que nos deixou mesmo à porta do hotel para o merecido descanso depois de mais um dia sempre a andar, a health já contava na ordem de 20.000 passos!

E que grata estou, quem me dera poder fazer isso todos os dias! Paguem-me para passear ou que me saia o Euromilhões e eu não pararei! 😅

 

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Explore Valencia

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O amanhecer de dia 7 foi correr a Plaça de Espanya para comprar àgua no Mercadona e explorar o supermercado bio que encontrei pelo caminho. Nele comprei mais Kombucha, com vontade de trazer uma data de outras coisas acabei a comer tâmaras e Chufas/Xufas, sabem que não ligo muito a pequeno-almoço nem sou de grandes fomes matinais. De lá segui para a zona do Botânico, onde acabei por não ir, para ver o Jardín de Las Hespérides, repleto de Alecrim, Laranjeiras, Limoeiros, Buganvílias, Lavandas e outras flores, com uns Cactus, Ranúnculos, umas Peónias e um Loureiro podia ser o jardim da minha casa e eu ficaria in love a cada entardecer!

Ao sair de lá fui dar um cheiro ao jardim Botânico, e pensei volto depois, o que não aconteceu, quer dizer voltar voltei, só não entrei. De seguida passei por uma das paredes que mais me apaixonou, um mural com cores lindas cheio de citrinos, street art em Valência é um jogo sério 👏🏼👏🏼👏🏼

Seguindo em frente, já avistava as Torres de Quart, duas torres semi cilíndricas unidas por um corpo central onde se abre uma porta em forma de arco. Que são logo ali ao fundo no cruzamento entre a calle Quart onde estava e a calle Guillén de Castro. Construídas no estilo Gótico Valenciano tardio de arquitectura militar entre 1441 e 1460, antes ainda parei na esquina para comprar umas laranjas de sangue, que morro de amores por elas desde os meus verões adolescentes em Itália.

Seguimos caminho explorando as ruas, sempre acompanhados por lindos exemplares de street art, lojas vintage e de usados que dão outro charme às ruas. Passamos no Portal de la Valldigna, um arco de 1440 muito giro, que dá entrada ao antigo quarteirão Árabe, gosto destas passagens antigas que ligam um lado ao outro da rua, fazem-me imaginar ligações e relações de vizinhança, conflitos e questões tão antigas que nem sei. Seguimos caminho pelas ruas e ruelas até chegar às Torres de Serranos, duas torres que formam uma porta antiga é uma das doze portas que faziam parte da antiga Muralla Cristiana da cidade. 

Foi construído em estilo Gótico valenciano entre 1392 e 1398. Impressionante como em 6 anos conseguiram construir aquele monumento tendo em conta a sua dimensão e as condições à época, fico maravilhada como as coisas eram antigamente. O nome deve-se provavelmente à sua localização no Nordeste do antigo centro da cidade, tornando-se o ponto de entrada para o camí ral que ligava Valência com a comarca de Els Serrans (ao longo da estrada seguindo para Noroeste em direção às montanhas ao redor de Teruel e, eventualmente, conduzindo a Saragoça), e também como ponto de entrada para a estrada real para Barcelona, ou porque a maioria dos colonos ali perto, na época de Jaime I de Aragão, era da região em torno de Teruel, cujos habitantes eram frequentemente apelidados de Serranos (povo das montanhas) pelos Valencianos. Alternativamente, o portão pode ter este nome devido a uma família importante, os Serranos, que vivia numa rua com o mesmo nome.

Não é certa a origem do nome mas é indubitavelmente um marco importante e um dos monumentos mais bem preservados da antiga muralha da cidade, que foi derrubada em 1865 sob as ordens do governador provincial Cirilio Amorós, apenas as Torres dos Serranos, as Torres de Quart do século XV e alguns outros vestígios arqueológicos e ruínas, que se encontram espalhados por diversos locais, como os da Puerta de los Judíos, ao pé do Metro em Colón, onde nos sentamos a comer no ultimo dia - “à terra onde fores ter faz como vires fazer” - sobreviveram. As Torres de Serranos foram a entrada principal da cidade e originalmente construídas com uma função defensiva. De 1586 até 1887 as torres foram usadas como uma prisão para os nobres. Com a Pont Dels Serrans em frente, uma das 18 pontes que contei, em cima do que são chamados Os Jardins do Turia, onde em tempos correu um rio, mas segundo o que li houve uma inundação e decidiram desviar, contudo em fotos de arquivo que pude analisar no Palau de Cervelló, vi fotos bem antigas onde partes do Rio estavam secas, bem seja como for, o rio foi desviado para outro ponto e o espaço que ocupava foi reabilitado com imensos parques, jardins espaços verdes que Valencianos e Turistas aproveitam para lazer e desporto. Na actualidade é a ponte mais antiga que cruza o “rio” Turia e foi a segunda das pontes históricas a ser restaurada e reconstruída em pedra, mantendo o aspecto e material original.

A ponte Românica, com nove arcos redondos, tem 159,7 metros de comprimento e 11,2 metros de largura. Une a Torres de Serranos por estrada até a região de Los Serranos, daí o seu nome. Por isso acredito que as Torres tenham o nome devido ao mesmo motivo mas, que sei eu? 🤷🏽‍♀️ Desfilamos na ponte para o outro lado e fomos visitar o museu de Belas Artes, um museu gratuito não muito grande e que tinha as obras do meu maior interesse fechadas nas salas a ser restauradas então foi entrar, aproveitar a casa de banho, ver o possível e sair, uma das idas a um museu mais rápidas da vida, só não bateu a ida ao MET mas essa arde-me bem fundo no coração...

Passeamos um pouco pelos Jardins del Real e seu lago ao pé do Museu de Ciências Naturais, com muitos patos e árvores lindas que vi pela cidade e agora descobri que são as árvores de Ceiba (Palo Borracho Chorisia Speciosa), se não for isto, e alguém perceba do assunto mandem DM no Instagram pois fiquei maravilhada! Decidimos atravessar outra das pontes para o lado da cidade velha e queria ir ao Palau de Cervelló, passei na frente dele mas o Google Maps trollou-me e fez-nos andar às voltas para trás e para a frente até que entendi que estava a gozar com a minha cara, mas entre as voltas vi mais street art, mais cenas vintage e foi giro, apesar de já estar super cansada de andar com a mochila com frutos e roupa e a câmera aos ombros mas tudo parece menos mal quando queres muito as coisas.

Resultado ao chegar estava fechado, só abriria horas mais tarde e foi então que decidimos meter pés ao caminho... Chegamos ao centro da cidade antiga, um encanto, onde subi à torre sineira, Torre del Micalet, em plena Plaça de la Reina, uma torre com 207 degraus, formato octagonal com mais de 50 metros de altura é subida em caracol. Odeio escadas em caracol e levo sempre com elas, mas parece-me que é o custo que tenho de pagar para aceder às melhores vistas das cidades.

Construída entre 1381 e 1429 em estilo Gótico Valenciano, originalmente foi uma torre independente, foi ligada à Catedral no final do século XV, quando a nave central foi ampliada.

O seu perímetro é igual à sua altura, sobriamente decorada no exterior pelos binóculos contrafortes das bordas e os finos moldes que marcam os diferentes níveis dos pisos. O primeiro corpo é sólido, deixando apenas a cavidade helicoidal da escada; o segundo corpo tem um recinto abobadado, que é a antiga "Prisão" ou Asilo da Catedral com uma única janela exterior; o terceiro corpo é a "Casa del Campanero", outra sala abobadada semelhante à anterior, embora maior e com duas janelas. O andar superior é a sala do sino aberta por oito janelas, sete delas ocupadas pelos sinos. O oitavo corresponde à escada em espiral, que ali se torna mais estreita.

Não admira que a Health tenha contabilizado perto de 30.000 passos nesse dia e 20 andares, isto até ficar em bateria às 19:30.

Mas voltando às vistas um 360º da cidade, é que vale tão a pena, que nunca mais te lembras daquela caracoleta “sem fim”. Seria muito mais fácil subir e descer se TODOS respeitassem os sinais. Acho que verde é universal para andar assim como vermelho para parar, e não há respeito, então tivemos de parar imenso durante a subida para deixar descer ☹, ao descer tivemos mais sorte não foi preciso parar tanto.

Após a descida dirigimo-nos para o largo onde encontramos a Plaça de da Verge, Plaça de la Mare de Déu, Fuente del Turia e partes do Casco Antiguo, onde ficamos um pouco a tirar fotos e observar a suas belezas.

De lá seguimos para a Horchateria Santa Catalina, das mais antigas e mais conceituadas da cidade, merecia uma Horchata depois de subir, maravilhar as vistas e descer.

E as maravilhas não acabavam ao chegar deparamo-nos com a fachada da loja, a coisa mais fofa e com a imponente fachada da Eglèsia de Santa Caterina.

La entrei na Horchateria, interior antigo, bem mantido, bonito e fresco, paguei €2.95 pela Horchata e saí feliz a matar a sede.

Seguimos até Llotja de la Seda, um edifício civil, integrante do mercado antigo, emblemático do século de Ouro Valenciano construído entre 1482 e 1548 no estilo Gótico Valenciano, já no fim da “era” desse estilo. O edifício é composto de 3 partes, a torre, o tribunal del mar e Sala de Contratacion, fora o jardim de Laranjeiras, sim em Valência sente-se um cheirinho a flor de laranjeira único pois as ruas são floradas pelas Laranjeiras. Tivemos sorte porque haviam muitas laranjas e muitas flores, win-win situation. Declarada em 1996 Património Mundial da Humanidade pela Unesco, a  Llotja de la Seda foi um importante mercado de trocas de azeite e seda na sua fase comercial. Nas suas imediações localiza-se o Mercat Central que aquela hora estava fechado e voltei lá no dia seguinte.

Naquele momento estava com fome e procurei dois restaurantes da minha lista, um de mix japonês e Brasileiro e outro de boa comida e bebida mas em ambos fui muito mal atendida acabando por não conseguir comer em nenhum deles.

A Plaça de l'Ajuntament estava toda tapada numa espécie de obras e outras coisas que penso estavam relacionadas com o Falles.

Demos uma grande caminhada na expectativa de encontrar algo para comer, tarefa não concluída e uma volta gigante para voltar a Xàtiva para apanhar um metro de volta para o Hotel.

Chegamos já de noite, deu para ver a iluminação decorativa ligada e achei diferente e bonita.

Não saiam daí, volto já no próximo post para vos falar do dia 8 de Março, o Dia da Mulher e como o vivenciamos em Valência! 💁🏽

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